quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Suposto fim do mundo

Tanta conversa por causa das previsões do fim do mundo preconizadas pelos incas mas, afinal a explicação é muito simples...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Ontem vi-te no Estádio da Luz: Guilherme Santana Graça do Espírito Santo

Ontem vi-te no Estádio da Luz: Guilherme Santana Graça do Espírito Santo: - 4 vezes Campeão Nacional de Futebol; - 3 vezes vencedor da Taça de Portugal em Futebol; - 1 vez vencedor do Campeonato de Lisboa...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Portas ao poder, abaixo Portas


Para mim, o melhor político do Governo é Paulo Portas. O melhor político da oposição, também. No entanto, se eu mandasse, punha Paulo Portas no poder, por troca com Paulo Portas. Mesmo assim, os portugueses que votaram nos partidos do Governo e os que votaram nos partidos da oposição estão igualmente bem representados, pelo que é difícil compreender o clima de contestação. Custa, sobretudo, assistir à impaciência com que o povo trata o Governo. A medida da redução da TSU foi criticada pelo Bloco, pelo PCP, pelo PS, pelo CDS e por várias pessoas do PSD, o que faz desta a maioria absoluta mais minoritária de sempre. Só corações de pedra não se condoem com a vida difícil do primeiro-ministro.
Assim que Passos Coelho chegou ao Governo, a vida começou a ficar mais difícil para nós, é certo, mas também para ele. Foi para São Bento convencido de que ia cortar as gorduras do Estado e, mal tomou posse, constatou que o Estado, afinal, era só chicha. Era um falso gordo, que parecia anafado visto da oposição, mas atlético quando visto de perto. Nem uma tira de gordura para aparar. O primeiro-ministro viu-se forçado a cortar no lombo, o que provocou uma mágoa moderada às pessoas e uma mágoa intensa à sua página de Facebook. Cortar nas PPP era inadmissível, porque o Estado assumiu o compromisso de as pagar. Felizmente, cortar nos salários era possível, porque pagar aos seus assalariados não é um compromisso, é um compromissinho.
Paulo Portas, sendo o melhor político do Governo, é um aliado importante de Passos Coelho, e acabou de evitar uma crise política ao não bloquear a medida da TSU, apesar de discordar dela. Infelizmente, como também é o melhor político da oposição, é um adversário temível de Passos Coelho, e acabou de criar uma crise política quando se gabou de não ter bloqueado a medida da TSU apenas para não criar uma crise política. Portas é dos poucos políticos do mundo com habilidade suficiente para criar uma crise enquanto se gaba de a ter evitado.
Por isso, o principal aliado de Passos Coelho acaba por ser António José Seguro. Nos comícios, Guterres entrava em palco ao som de uma música do filme 1492. Sócrates entrava ao som de uma música do filme Gladiador. A minha proposta é que Seguro entre em palco ao som do apito da mira técnica. Aquele silvo contínuo que a televisão transmite quando a programação ainda não começou. Mesmo assim, receio que seja demasiado excitante.
Como disse Paulo Portas numa altura em que fazia parte do Governo, não há alternativa credível a esta coligação. É verdade, mas não é justo. É injusto que a alternativa a um Governo que não é credível tenha de ser credível. Não deveríamos precisar de alguém credível para substituir, digamos, Miguel Relvas. Deveria bastar alguém.


Ler mais: http://visao.sapo.pt/portas-ao-poder-abaixo-portas=f688242#ixzz28zZIvBRP

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Os Lusíadas - Extracto de Versão actualizada

I

  As sarnas de barões todos inchados
  Eleitos pela plebe lusitana
  Que agora se encontram instalados
  Fazendo o que lhes dá na real gana
  Nos seus poleiros bem engalanados,
  Mais do que permite a decência humana,
  Olvidam-se do quanto proclamaram
  Em campanhas com que nos enganaram!

II
  E também as jogadas habilidosas
  Daqueles tais que foram dilatando
  Contas bancárias ignominiosas,
  Do Minho ao Algarve tudo devastando,
  Guardam para si as coisas valiosas…
  Desprezam quem de fome vai chorando!
  Gritando levarei, se tiver arte,
  Esta falta de vergonha a toda a parte!

III
  Falem da crise grega todo o ano!
  E das aflições que à Europa deram;
  Calem-se aqueles que por engano…
  Votaram no refugo que elegeram!
  Que a mim mete-me nojo o peito ufano
  De crápulas que só enriqueceram
  Com a prática de trafulhice tanta
  Que andarem à solta só me espanta.

IV
  E vós, ninfas do Coura onde eu nado
  Por quem sempre senti carinho ardente
  Não me deixeis agora abandonado
  E concedei engenho à minha mente,
  De modo a que possa, convosco ao lado,
  Desmascarar de forma eloquente
  Aqueles que já têm no seu gene
  A besta horrível do poder perene!



   Luiz Vaz Sem Tostões
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